Muita gente questiona se as cirurgias plásticas ficam impossibilitadas para quem tem problemas de saúde e se é possível operar mesmo assim. A partir de agora, vamos esclarecer até que ponto esses problemas podem ou não influenciar a sua ida até o cirurgião.
A cirurgia plástica, seja ela para fins corretivos ou estéticos, se popularizou bastante nos últimos anos e já é o sonho de consumo de muitos brasileiros. O que acontece é que algumas condições de saúde podem sim aumentar o risco de complicações durante ou após a cirurgia e, para evitar problemas, cada caso precisa ser analisado com toda a cautela pelo profissional de saúde que acompanha o paciente.
Mas quais problemas podem impedir a realização da cirurgia plástica ou exigir cuidados especiais? É o que veremos agora!
Diabetes
Desde que os níveis de glicose estejam rigorosamente controlados e haja acompanhamento médico especializado antes e depois do procedimento, o paciente pode sim se submeter a uma cirurgia eletiva (como é o caso da cirurgia plástica).
Para isso, é preciso que o especialista que acompanha o paciente libere-o para a cirurgia, além disso, o cirurgião precisa estar a par sobre o andamento da doença e estar com todos os exames em mãos para analisar com clareza como o procedimento será feito.
O pós-cirúrgico também requer cuidados especiais, uma vez que nesses casos a cicatrização será mais lenta.
Problemas com a coagulação sanguínea
De maneira bem simplificada, pode-se dizer que, entre outras funções, uma coagulação sanguínea em ordem é o que contém uma hemorragia toda vez que nos cortamos. E como toda cirurgia plástica envolve cortes (em maior ou menor grau), uma coagulação ineficiente torna-se um fator de risco para quem decide se submeter a um procedimento operatório.
Portanto, é sempre bom verificar com o médico se o seu problema inviabiliza ou não o procedimento, pois distúrbios mais complexos, como a hemofilia por exemplo, podem impedir a realização de uma cirurgia plástica.
Hipertensão
Para que os hipertensos possam fazer um procedimento cirúrgico estético é preciso estar atento a dois fatores principais: a pressão precisa estar controlada e o médico precisa de uma avaliação que mostre que a pressão alta não causou danos à saúde do paciente.
Vale lembrar que é imprescindível a realização de exames pré-operatórios específicos, além de uma entrevista com o cirurgião para que ele esteja ciente de todo o histórico médico do hipertenso.
Para que o paciente esteja apto a realizar o procedimento, minimizando qualquer possibilidade de risco, é muito importante que ele invista em um estilo de vida mais saudável na fase pré cirúrgica, com diminuição dos fatores que causem estresse, mais exercícios físicos e uma alimentação balanceada.
Obesidade
A obesidade ou o sobrepeso são fatores de risco durante o procedimento cirúrgico, uma vez que aumentam a probabilidade de problemas cardiovasculares, dificultam a anestesia e complicam o processo de cicatrização.
Além disso, se houver grande mudança de peso depois da cirurgia, os resultados também podem ser afetados e o paciente pode apresentar flacidez, alargamento das cicatrizes e formação de estrias.
Tendência à trombose
A trombose ocorre quando há a formação de um coágulo sanguíneo (trombo) que obstrui ou dificulta a circulação do sangue através dos vasos.
A verdade é que toda cirurgia, seja ela plástica ou não, traz um risco (ainda que mínimo) de trombose. Entretanto, se você apresenta algum fator que eleva a possibilidade de ocorrência do problema, como tabagismo, uso de anticoncepcionais orais, obesidades e trombofilias, é preciso frear a corrida ao cirurgião.
Para diminuir os riscos durante a realização da cirurgia plástica, o ideal é que você perca peso, controle qualquer doença associada e busque ajuda de um hematologista. É esse especialista, juntamente ao cirurgião, que decidirá a hora mais segura para a realização do procedimento.
Doenças cardiovasculares
Um problema grave no coração pode causar complicações, como, por exemplo, uma parada cardíaca, mesmo em procedimentos cirúrgicos mais simples. É por isso que não se deve fazer cirurgias antes de se certificar que está tudo bem com a saúde do seu coração.
Antes de procurar um cirurgião é essencial que o paciente seja avaliado minuciosamente por um cardiologista. Só ele poderá indicar um tratamento para o seu problema, liberar ou vetar a cirurgia plástica que a pessoa deseja fazer.
Câncer
Por se tratar de uma doença grave e que, muitas vezes, requer um tratamento agressivo, a cirurgia plástica não é indicada para quem está lidando com essa condição.
A tendência é que durante o tratamento oncológico o sistema imunológico e o organismo estejam mais enfraquecidos, o que pode comprometer a realização de um procedimento cirúrgico.
Nesse período estão liberadas apenas as cirurgias que fazem parte do tratamento, como as de remoção dos tumores ou retirada cirúrgica de lesões malignas.
Infecções
Ao realizar um procedimento cirúrgico, a presença de qualquer tipo de infecção, por mais simples que seja, pode provocar complicações mais graves, como uma infecção generalizada.
Por isso, caso você tenha ou suspeite de infecção na garganta, infecção urinária, gripe, resfriado ou qualquer tipo de problema, avise ao seu médico. Ele deverá adiar o procedimento até que a enfermidade seja controlada.
Em linhas gerais, a cirurgia plástica é um procedimento que exige um certo grau de planejamento e, por isso, pode esperar. Por isso, há tempo para que cada caso seja cuidadosamente avaliado por um médico de confiança. Através de exames específicos ele pode descobrir fatores que possam causar complicações durante ou depois do procedimento.
O médico especialista ou o cirurgião plástico só darão aval para a cirurgia se julgarem que o procedimento não oferece grandes riscos ao paciente. Se você tem qualquer problema de saúde, busque uma avaliação médica para saber se o caso permite a realização de um procedimento cirúrgico ou não.
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